Quando se elaborou a chave da Taça Brasil de 1962, estipulou-se que Botafogo e Santos entrariam nas semi-finais, já criando antecipadamente a expectativa para um dos maiores confrontos da história do futebol.
Poucas equipes, através dos tempos, chegaram a atingir um nível tão elevado de futebol individual: Garrincha, o anjo das pernas tortas, e Pelé, o rei do futebol, craques de todos os tempos.
Botafogo e Santos dividiram entre si a Selecào Brasileira. Com quatro titulares de cada time o Brasil tinha sido bicampeão na Copa do Chile, disputada de 30 de maio a 17 de junho de 1962. Na verdade, Pelé era o titular, mas saiu logo no segundo jogo, machucado, para a entrada de outro botafoguense Amarildo, que o substituiu bem.
Outros titulares tinham sido Nilton Santos, Didi e Zagalo, pelo Botafogo; Gylmar, Mauro e Zito pelo Santos. Quando estas equipes se encontravam, o espetáculo estava garantido. Praticavam um futebol ofensivo, sem chutões ou agressões.